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sábado, 18 de setembro de 2010

Paradoxo

Estranho pensar no paradoxo morte/renovação.

A morte é renovação. Principalmente porque não existe morte. A morte é uma renovação da vida. Da vida daquele que desencarnou e passa agora para um estágio de espírito sem a capa física (e como deve ser difícil conceber esta nova etapa do processo evolutivo!) e da vida daqueles que ficam. A partir da passagem ou morte, tudo muda. E aprendemos a viver sem aquele que até um minuto atrás fazia parte de nossa vida.

Estranho pensar assim. Pensar que em algum momento de nossa existência deixaremos para trás a vida corpórea e precisaremos reaprender que somos espíritos. Aprender que a matéria, apesar de boa, pesa.

No fim, é pior para quem fica e continua carregando todo o peso que a vida aqui na Terra nos impõe.

E para quem desencarnou, que a vida lhes seja boa. E até o futuro.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

palavras

abafadas
precisam sair
mas ficam, por vontade própria
abafadas

acabam absorvidas
pela carne
entopem a garganta

e depois
explosão
de dor
de sangue

agora
mesmo que quisessem
não saem mais
e quando tentam
dói, arranha

a palavra
já não pode ser
ouvida
não há voz.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Certeza

de que ama
de que sentirá falta
e de que, como está, não será nunca mais.